Desemprego no Brasil: 5,4 milhões desistiram de procurar trabalho

IBGE divulgou novos dados sobre a taxa de desemprego no país e mostra resultado alarmante
IBGE divulgou novos dados sobre a taxa de desemprego no país e mostra resultado alarmante
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

O desemprego segue atingindo níveis cada vez mais alarmantes no Brasil. Desta vez, segundo o IBGE, o desalento (aqueles que desistiram de procurar trabalho), reúne cerca de 5,4 milhões de brasileiros, em meio à perda de 7,8 milhões (8,3%) de postos de trabalho nos últimos 3 meses. Sem dúvidas, a pandemia da Covid-19 e o cenário de recessão na economia do país auxiliaram negativamente nos postos de trabalho e continuam gerando preocupações em âmbito nacional. 

A desistência dos cidadãos com idade para trabalhar representa esforços em vão para garantir sobrevivência em meio à pandemia, e levantam debates sobre a necessidade de políticas públicas de incentivo direto aos desempregados, paralelas e adicionais ao auxílio emergencial, que apesar de fornecer subsídios mínimos, não garante o futuro dos mais necessitados. 

Para a analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy, a queda recorde de 8,3% no número de ocupados no país “atinge principalmente os trabalhadores informais". Os resultados da pesquisa também mostram que menos da metade da população em idade para trabalhar está trabalhando (49,5% no trimestre encerrado em maio). Para Beringuy, muitos destes que estão sem emprego desejam conquistar um posto no mercado de trabalho, mas não o conseguem, "muito provavelmente em função do cenário econômico, das dificuldades em encontrar emprego, seja devido ao isolamento social, seja porque o consumo das famílias está baixo e as empresas também não estão contratando."

Ainda segundo o IBGE, a maior queda está vinculada ao setor comercial, sobretudo na reparação de carros e motocicletas, que representam uma queda de 11,1% no número de vagas, enquanto o grupamento de atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, representam o único aumento no número de ocupados (4,6%). Segundo relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) publicado na última segunda-feira (29), apenas em abril, 860,5 mil postos de emprego formal foram fechados, representando o pior o resultado para um único mês em 29 anos. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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