Greta Thunberg doa R$ 600 mil para combater Covid-19 na Amazônia

Ativista ganhou um prêmio de R$ 6 milhões e divide em blocos para ajudar diversas regiões do mundo
Ativista ganhou um prêmio de R$ 6 milhões e divide em blocos para ajudar diversas regiões do mundo
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Greta Thunberg confirmou que realizará uma doação de 100 mil euros (aproximadamente R$ 600 mil) para ajudar a combater a disseminação de Covid-19 na Amazônia. A ativista sueca recebeu o Prêmio Gulbenkian para a Humanidade na última segunda-feira (20), avaliado em 1 milhão de euros (cerca de R$ 6 milhões).

Thunberg, de apenas 17 anos, prometeu utilizar toda a quantia ganha com a premiação para apoiar projetos climáticos no mundo inteiro através de sua fundação, Fridays for Future, destinando a primeira fatia à SOS Amazônia, organização que protege os direitos dos povos indígenas no Brasil. "O prêmio em dinheiro, que é de um milhão de euros, é mais do que posso imaginar", disse Thunberg em um vídeo postado no Twitter.

"Mas todo o prêmio em dinheiro será doado por meio de minha fundação a diferentes organizações e projetos que estão trabalhando para ajudar as pessoas na linha de frente, afetadas pela crise climática e ecológica, especialmente no Sul Global", acrescentou Thunberg. "Também para ajudar organizações e projetos que lutam por um mundo sustentável e que lutam para defender a natureza e o mundo natural", completou a jovem escolhida como Pessoa do Ano pela Time, em 2019.

Thunberg foi eleita a Pessoa do Ano pela Time, em 2019
Thunberg foi eleita a Pessoa do Ano pela Time, em 2019
Thunberg foi eleita a Pessoa do Ano pela Time, em 2019

Outros 100 mil euros serão doados à Fundação Stop Ecocide "para apoiar seu trabalho de tornar o ecocídio um crime internacional". O presidente do júri que concedeu o prêmio milionário à ativista, Jorge Sampaio, afirma que ela mereceu o feito pois "conseguiu mobilizar as gerações mais jovens pela causa da mudança climática e sua tenaz luta para alterar o status quo que persiste".

No Brasil, os casos de coronavírus continuam aumentando em meio à polêmica gestão do presidente Jair Bolsonaro, que testou positivo para a Covid-19 e no último domingo (19) protagonizou uma saudação pública da cloroquina em frente ao Palácio do Planalto, em um episódio tão constrangedor e emblemático que gerou comparações com o filme "O Rei Leão", mais precisamente o momento em que o babuíno Rafiki carrega o protagonista Simba no início do longa, com os demais animais reverenciando a ação. 

Até o fechamento desta matéria, são 80.120 mortes e 2.118.646 casos confirmados de Covid-19 no país, e a doença continua se espalhando lentamente pelos territórios amazônicos. Pelo menos 15 mil indígenas brasileiros foram infectados com a nova doença, segundo dados oficiais das secretarias de Saúde, sendo dois terços das infecções originadas de áreas protegidas. 

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Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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