Democrata Raphael Warnock vence disputa pelo Senado dos EUA na Geórgia

O pastor da igreja onde Martin Luther King Jr. pregava derrotou a republicana Kelly Loeffler
O pastor da igreja onde Martin Luther King Jr. pregava derrotou a republicana Kelly Loeffler
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

O democrata Raphael Warnock venceu uma das duas eliminatórias da Geórgia para o Senado dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6), tornando-se o primeiro senador negro na história de seu estado e colocando a maioria do Senado ao alcance do partido.

Pastor da Igreja de Atlanta, onde Martin Luther King Jr. pregava, Warnock derrotou a candidata republicana Kelly Loeffler. Foi uma repreensão contundente ao presidente cessante Donald Trump, que fez uma de suas últimas viagens à Geórgia para reunir sua base leal em apoio de Loeffler e do republicano que disputava a outra cadeira, David Perdue.

O foco agora muda para a segunda corrida entre Perdue e o democrata Jon Ossoff. Se Ossoff vencer, os democratas terão controle total do Congresso, fortalecendo a posição do presidente eleito Joe Biden enquanto ele se prepara para assumir o cargo em 20 de janeiro.

A vitória de Warnock é um símbolo de uma mudança marcante na política da Geórgia, à medida que o número crescente de diversos eleitores com ensino superior exercem seu poder de voto. Warnock reconheceu sua vitória improvável em uma mensagem aos apoiadores, citando a experiência de pobreza de sua família. Sua mãe, segundo ele, costumava colher "algodão de outra pessoa" quando era adolescente.

"Outro dia, porque esta é a América, as mãos de 82 anos que costumavam colher o algodão de outra pessoa escolheram seu filho mais novo para ser senador dos Estados Unidos", disse ele. “Esta noite, provamos com esperança, muito trabalho e com as pessoas ao nosso lado que tudo é possível”.

As falsas alegações de Trump sobre fraude eleitoral lançaram uma sombra sobre as eleições de segundo turno, que foram realizadas apenas porque nenhum candidato atingiu o limite de 50 por cento na eleição geral. Ele atacou o chefe da eleição do estado na véspera da eleição e levantou a possibilidade de que alguns votos não pudessem ser contados, mesmo quando os votos já estavam em andamento na terça-feira 5.

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Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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