Saiba como o James Webb capturou uma imagem inédita do universo

O telescópio mais poderoso já construído ajudará a desvendar mistérios do nosso universo.

Primeira foto operacional do telescópio mostrou local inexplorado do universo. Fonte: Reprodução/YouTube e Divulgação/NASA
Primeira foto operacional do telescópio mostrou local inexplorado do universo. Fonte: Reprodução/YouTube e Divulgação/NASA
Samuel Zadoque
Por Samuel Zadoque

A comunidade científica está em polvorosa após a divulgação da primeira imagem oficial, inédita e colorida do universo capturada pelo telescópio James Webb. O equipamento faz parte de um programa liderado pela NASA em parceria com a Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Canadense. 

A NASA explica que a imagem engloba um aglomerado de galáxias chamado SMACS 0723. Segundo a agência, a imagem abrange um pedaço de céu que para um observador terrestre, parece do tamanho de um grão de areia mantido à distância de um braço.

O James Webb é o maior observatório já construído e conta com um escudo de proteção solar que tem aproximadamente o tamanho de uma quadra de tênis, além de utilizar tecnologia infravermelha, ajudando-o a observar sistemas e estrelas que se escondem através dos gases e da poeira estelar.

Um dos pontos principais é o tamanho do espelho utilizado, já que, com uma área espelhada maior, se torna mais fácil reunir as luzes dos objetos, facilitando a observação. No caso do JWST o espelho mede cerca de 6,0 metros de diâmetro, tornando-o 100 vezes mais sensível que o telescópio Hubble.

As imagens são recebidas e processadas através do uso da espectroscopia, que é a técnica de aferimento de dados físico-químicos através da transmissão, absorção ou reflexão da energia radiante incidente em uma amostra. 

Órbita do James Webb fica no ponto Sol-Terra L2. Fonte: Reprodução/YouTube
Órbita do James Webb fica no ponto Sol-Terra L2. Fonte: Reprodução/YouTube
Órbita do James Webb fica no ponto Sol-Terra L2. Fonte: Reprodução/YouTube

O JWST opera em torno de um ponto no espaço conhecido como ponto Sol-Terra L2 Lagrange, aproximadamente 1.500.000 km além da órbita da Terra ao redor do Sol. Sua posição real varia entre cerca de 250.000 km e 832.000 km de L2 enquanto orbita, o que o mantém fora da sombra da Terra e da Lua. Essa órbita mantém a temperatura da espaçonave constante e abaixo dos -223 °C necessários para observações infravermelhas fracas.

A Nasa afirma que com toda essa tecnologia revolucionária, o Webb conseguirá explorar todas as fases da história do cosmos, desde dentro do nosso sistema solar até as galáxias observáveis mais distantes do universo primitivo, há cerca de 13,0 bilhões de anos.

A imagem foi publicada durante evento na casa branca onde estavam presentes o presidente Joe Biden e sua vice Kamala Harris. “Hoje é um dia histórico”, disse Biden. “É uma nova janela no nosso universo. É fascinante”, completou o presidente. 

Sobre o autor

Samuel Zadoque
Samuel ZadoqueProfessor, músico, amante da arte, da cultura geek e de tecnologias em geral, sempre buscando dar o meu melhor em tudo o que faço e buscando inspirações em tudo a minha volta. Acredito numa acessibilidade geral do conteúdo.
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