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Lula classifica operação policial no Rio como 'matança' e cobra apuração rigorosa

Presidente critica ação que deixou 121 mortos e pede investigação independente sobre atuação das forças de segurança

Lula classifica operação policial no Rio como 'matança' e cobra apuração rigorosaFoto: REUTERS/Adriano Machado
Imagem do autor Ricardo Pujol
Por Ricardo Pujol4 de novembro, 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou de "matança" a operação policial realizada na última semana no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha. Em declaração feita nesta terça-feira (4), Lula afirmou que o episódio exige uma investigação rigorosa e independente para esclarecer as circunstâncias das mortes.

Segundo o presidente, a ação das polícias militar e civil extrapolou o objetivo dos mandados judiciais, que eram de prisão, e terminou em uma tragédia. "Não havia ordem de matar, havia ordem de prender. O que vimos foi uma matança, e precisamos entender em que condições isso ocorreu", disse Lula durante entrevista a jornalistas em Belém (PA), onde participa de compromissos oficiais.

Lula também ressaltou que o governo federal já iniciou conversas para que peritos da Polícia Federal acompanhem as investigações, buscando garantir transparência e imparcialidade no processo. "É fundamental que a sociedade saiba exatamente o que aconteceu, sem versões unilaterais", destacou o presidente.

A megaoperação, considerada a mais letal da história do estado, gerou forte repercussão nacional e internacional. Enquanto o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), classificou a ação como um sucesso no combate ao crime organizado, entidades de direitos humanos e parte da sociedade civil apontaram excessos e pediram responsabilização dos envolvidos.

O episódio reacendeu o debate sobre a política de segurança pública no Brasil, especialmente em áreas de vulnerabilidade social. Especialistas e organizações cobram mudanças na abordagem policial, defendendo estratégias que priorizem a preservação de vidas e o respeito aos direitos humanos.

O governo federal, por sua vez, reforçou que a segurança pública é responsabilidade dos estados, mas sinalizou disposição para colaborar na apuração dos fatos e na busca por soluções de longo prazo. Lula concluiu dizendo que "não se pode aceitar que operações terminem em massacres, sob pena de comprometer a confiança da população nas instituições".

Sobre o autor
Imagem do autor Ricardo PujolRicardo PujolIniciou sua carreira na área de publicidade e propaganda, atuando neste mercado desde 2010. Formado em Administração e aqui escreve sobre esportes, entretenimento e mais.

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