"Noé", com Russell Crowe, faz sua estreia nos cinemas brasileiros

"Noé", com Russell Crowe, faz sua estreia nos cinemas brasileiros
Carol Souza
Por Carol Souza

Com aspectos bíblicos alterados, estreou na noite desta quinta-feira (2) nos cinemas de todo o Brasil o épico Noé, com Russell Crowe, Emma Watson, Jennifer Connelly e vários outros. 

O longa conta a história de Noé, que por um aviso de Deus se prepara para resistir a um terrível dilúvio que está para acontecer. Para isto, Noé constrói uma arca que, além de sua família, deve abrigar um par de cada animal da terra. 

Moradores das redondezas chegam até Noé e encaram a empreitada como uma provocação. Mas Noé se mantém firme em sua missão, dada pelo próprio Deus. 

Com filmes com aspectos sombrios em seu currículo como "Cisne Negro", "O Lutador" e "Réquiem para um Sonho", o diretor Darren Aronofsky marca sua adaptação com a mudança em algumas passagens do livro bíblico de Gênesis, que conta a história de Noé. 

Até aproximadamente a metade do longa-metragem, o drama segue, com algumas licenças poéticas, o que está no relato bíblico porém, após a metade, o filme altera várias questões.  

Um exemplo: no texto sagrado, os filhos de Noé já eram casados quando entram na arca. Na versão do filme, não, o que acabou por gerar alguns conflitos de diferentes ordens.  

Outra questão é que ao longo da produção, Noé passa a defender mais a vida dos animais do que a dos homens, o que também é uma interpretação do diretor. Noé se torna, em meio ao dilúvio, um ser atormentado e de salvador, passa a gerar medo em sua própria família. Por essas mudanças, o longa não tem agradado a grupos cristãos, que esperavam encontrar um relato fiel da Bíblia, além de ter sido proibido em alguns países de maioria muçulmana, como Emirados Árabes, que consideram a figura de Noé a de um profeta, e uma lei islâmica proíbe sua representação. 

Apesar das críticas, o filme apresenta muitos efeitos especiais. Uma curiosidade revelada pela produção do longa é a construção da arca, que foi talhada exatamente de acordo com as medidas descritas. O diretor Aronofsky explicou em entrevista recente que, em sua visão, a arca era descrita na forma de uma "caixa", de forma que tinha apenas que sobreviver ao dilúvio e boiar, não necessariamente navegar.

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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