Caso Coronavírus: xenofobia e racismo contra chineses cresce com o surto da doença

O aumento dos casos do novo Coronavírus estão assustando cada vez mais as pessoas, especialmente com o grande número de chineses já confirmados com o diagnóstico. Hoje (30), a Organização Mundial da Saúde declarou o surto da doença como uma emergência internacional. Este panorama fez com que, infelizmente, aumentasse os casos de xenofobia e racismo contra chineses ao redor do mundo.

A população oriental já sofre com casos de racismos há anos e percebem que, com o aumento do caso do coronavírus, os casos se ampliaram. De acordo com sites internacionais, em alguns lugares do mundo a situação de medo do vírus já beira a histeria coletiva, com atitudes que denigrem e constrange orientais. 

Casos estão registrados nos Estados Unidos, Europa e até mesmo na Ásia, onde a discriminação tem aumentado com frases em redes sociais como “Parem de comer morcegos!”. Em países como o Vietnã, historicamente ocupado pela China, hotéis na cidade de Danang estão se recusando a receber turistas vindos da China ou simplesmente de descendência chinesa, além de sofrerem assédios com gritos de ordem para que retornem para seu país.

Países como o Canadá, reconhecido pela cordialidade e boa relação com estrangeiros, registrou casos de racismo e de divulgação de fake news pela cidade, como o caso de um vídeo que relata que 11 milhões de habitantes de Wuhan, a cidade epicentro da epidemia, irão morrer. 

Já na Itália, Francesco integrante da Confederação de Comércio de Milão, relata casos de mães em redes sociais que recomendam distância de estabelecimentos com chineses como proprietários. No conservatório de música Santa Cecília, em Roma, em um comunicado oficial divulgado pela instituição, é informado aos professores que as aulas serão suspensas para "alunos de origem oriental". No mar da Itália, um cruzeiro está bloqueado por suspeita de passageiro com coronavírus; mais de seis mil passageiros estão no local.

Os descendentes de orientais na França criaram a hashtag #JeNeSuisPasUnVirus (tradução: eu não sou um vírus), para denunciar os comportamentos preconceituosos presenciados no país, além disso, um jornal local utilizou a manchete “Alerta Amarelo”, em referência ao termo racista “Perigo Amarelo”, usado para discriminar asiáticos. A Rússia decidiu fechar mais de 4.000 km de fronteira com a China para evitar a propagação do vírus, ao mesmo tempo que companhias aéreas como Iberia, British Airways e Lufthansa suspenderam ou reduziram drasticamente seus serviços na China.

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