Rainha Elizabeth II faz raro pronunciamento e diz: "Estaremos com nossa família e amigos novamente"

A Rainha Elizabeth II fez um discurso raro no domingo (5), falando aos países da Grã-Bretanha em um discurso televisionado sobre a pandemia de coronavírus. Ela tranquilizou e fortaleceu seus súditos pelo "tempo cada vez mais desafiador" à frente, dizendo a eles que "embora o auto-isolamento às vezes seja difícil", também é "uma oportunidade de desacelerar, pausar e refletir, em oração ou meditação".

No discurso, a rainha disse: “Nós vamos ter sucesso, e este sucesso vai pertencer a todos nós. Ainda há muito o que suportar. Talvez nós tenhamos que ficar mais tempo assim, mas dias melhores vão voltar. Nós vamos estar com nossos amigos de novo, com nossas famílias de novo, nós vamos nos encontrar de novo. Mas, por agora, eu mando meus agradecimentos e meus melhores desejos para todos. Agora nos juntamos a todas as nações do mundo com uma mesma missão, usando os grandes avanços da ciência e nossa compaixão instintiva para criar. Triunfaremos, e essa vitória vai pertencer a cada um de nós.”

Ela também relembrou seu primeiro discurso ao público de todos os tempos, quando tinha apenas 14 anos e ainda era uma princesa: "Isso me lembra a primeira transmissão que fiz, em 1940, ajudada por minha irmã", disse ela, quando uma foto de arquivo das meninas apareceu na tela. "Nós, quando crianças, conversamos daqui em Windsor [Castelo] com crianças que foram evacuadas de suas casas e mandadas para outros lugares para sua própria segurança."

A onda de evacuações infantis havia começado no ano anterior, em 1º de setembro de 1939 - no mesmo dia em que a Alemanha nazista invadiu a Polônia e apenas dois dias antes do primeiro-ministro britânico declarar guerra. Com medo de baixas civis, se as cidades britânicas fossem bombardeadas, as autoridades pediram aos pais que enviassem seus filhos para o campo para viver com estranhos que se ofereceram para fornecer espaço para eles. 

Pronunciamentos fora dessa agenda são raros, e normalmente acontecem em momentos de luto, como na Guerra do Golfo (1991), na morte da princesa Diana (1997) e da rainha-mãe (2002).  

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