Hamilton Mourão e General Heleno dizem que golpe militar está "fora de cogitação"

Os generais do governo foram entrevistados hoje (28) sobre a possibilidade de Golpe Militar
Os generais do governo foram entrevistados hoje (28) sobre a possibilidade de Golpe Militar
Bruna Pinheiro
Por Bruna Pinheiro

O vice-presidente Hamilton Mourão e o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, foram entrevistados hoje (28) pelo Blog da Andréia Sadi sobre uma possível ruptura democrática no país. Em suas palavras, o vice disse que esta possibilidade está “fora de cogitação” e que "não existe espaço no mundo para ações dessa natureza".

A entrevista foi realizada após a deflagração de duas ações da Polícia Federal, uma contra o governador do Rio de Janeiro e outra contra vários apoiadores do Governo, e também após as falas antidemocráticas de ministros e apoiadores durante o vídeo da reunião ministerial divulgado na semana passada.

Sobre o risco de um possível golpe por tais palavras dos ministros e apoiadores, Mourão disse: "Quem é que vai dar golpe? As Forças Armadas? Que que é isso, estamos no século 19? A turma não entendeu. O que existe hoje é um estresse permanente entre os poderes. Eu não falo pelas Forças Armadas, mas sou general da reserva, conheço as Forças Armadas: não vejo motivo algum para golpe".

Augusto Heleno, por sua vez, disse que intervenção militar “não resolve nada” e ainda que no governo atual “ninguém está pensando nisso”, que é apenas uma invenção da imprensa.

Na quarta-feira (27), sobre a segunda operação da PF, o presidente disse que não teríamos outro dia como este, com tom elevado e dizendo “chega” para as ações da PF contra seus apoiadores. Mourão disse não saber do caso.

O filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, também se manifestou em relação à operação da Polícia Federal e disse que “quando chegar ao ponto que o presidente não tiver mais saída e for necessário uma medida energética, ele é que será tachado como ditador”. Tanto Heleno, quanto Mourão reforçaram que não haverá este momento de ruptura reclamado pelo deputado, e que as manifestações de todos os lados são livres e permitidas.

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Bruna Pinheiro
Bruna PinheiroInternacionalista. Escrevo hoje sobre política, economia, filmes e séries. Adoro viajar e comer (não necessariamente nessa ordem). Segue lá @bpinheiro1
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