Coronavírus: 2 mil voluntários brasileiros irão participar do teste de vacina de Oxford

Universidade de Oxford amplia testes para regiões com maior circulação do vírus
Universidade de Oxford amplia testes para regiões com maior circulação do vírus
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford será testada por dois mil brasileiros voluntários, na medida em que a curva de casos diminui consideravelmente no Reino Unido, ao passo que o Brasil se enquadra como epicentro atual da pandemia. 

De acordo com informações da cientista brasileira Daniela Ferreira, membro do projeto realizado na Inglaterra, os principais responsáveis pela pesquisa começaram a temer que a diminuição dos casos impedisse que a eficácia da vacina fosse comprovada, e que, por isso, já havia ensaiado estratégias para ampliar os testes em regiões com altas taxas de circulação do vírus. "Um dos fatores limitantes de tudo isso é se a gente vai continuar a ter, nos países em que as vacinas estão sendo testadas, um número de infecção que permite que você teste essa vacina rapidamente", explicou a cientista. 

A aplicação dos testes já será iniciada em junho no Brasil, com procedimento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), sob o apoio do Ministério da Saúde. No Reino Unido, os testes já foram iniciados, mas o clima é de cautela, pois de acordo com o diretor do Jenner Institute de Oxford, Adrian Hill, os testes têm apenas 50% de chance de sucesso em humanos, o que não necessariamente irá garantir a imunização, mas o otimismo para que a vacina definitiva fique pronta até o final do ano é grande. 

O grande problema gira em torno da necessidade de manter o vírus em circulação para que a total eficácia da vacina possa ser comprovada. Enquanto isso, 10 mil voluntários britânicos estão sendo testados e acompanhados pelos responsáveis do projeto, que se une a mais de 100 candidatas a vacina definitiva que estão sendo desenvolvidas em vários outros países, segundo relatório mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), que confirmou a existência de 133 estudos de vacinas em andamento. 

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Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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