George Floyd foi contaminado por coronavírus, revela autópsia

Documento também aponta doença cardíaca e histórico de pressão alta.
Documento também aponta doença cardíaca e histórico de pressão alta.
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

George Floyd, o homem negro de 46 anos asfixiado até a morte pelo policial branco Derek Chauvin em Minneapolis, nos Estados Unidos, teria contraído o novo coronavírus, de acordo com os resultados preliminares de sua autópsia. A cena brutal do momento em que o ex-segurança era humilhado e torturado pelo agente foi registrada em vídeo, ganhando rápida repercussão internacional e servindo como estopim para uma intensa onda de protestos nos EUA.

Até o momento, não há indícios que relacionem o diagnóstico com a causa da morte, sobretudo porque Floyd sequer apresentava os sintomas característicos da Covid-19. A autópsia, divulgada pelo Departamento de Medicina Legal do condado de Hennepin, também revela que a vítima tinha um histórico de problemas com pressão alta e uma doença cardíaca. O documento possui 20 páginas e foi comandado pelo legista-chefe do necrotério responsável pela autópsia, Andrew Baker.

O necrotério insere, também, a indicação de que Floyd teria recebido o diagnóstico da doença no dia 3 de abril, mas um dos dois médicos legistas particulares da família, Michael Baden, garante que nenhuma autoridade enviou notificação referente ao teste positivo para a doença. Chauvin, o ex-policial filmado com o joelho sobre o pescoço de Floyd, sofreu novas derrotas no processo que o acusa de homicídio. 

Agora, a acusação foi aumentada para homicídio em segundo grau (quando o autor tem intenção de causar danos corporais à vitima), em decisão tomada pelo promotor-geral de Minnesota, Keith Ellison. Já para os três agentes que também estavam presentes durante a ação, Thomas Lane, J. Kueng e Tou Thao, as acusações são referentes ao favorecimento do homicídio em segundo grau.

A morte de Floyd aconteceu no dia 25 de maio, quando Chauvin prensou seu pescoço por quase 10 minutos, durante uma operação policial acionada por suposta tentativa de pagamento com nota falsa em uma mercearia.

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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