Bolsonaro segue isolado no Planalto após novo teste positivo para Covid-19

O presidente Jair Bolsonaro continuará trabalhando em regime de isolamento social no Palácio do Planalto após mais um teste positivo para Covid-19, confirmado nesta quarta-feira (22), com alguns detalhes sobre o estado de saúde do presidente, que de acordo com o comunicado oficial emitido no início da manhã, "segue em boa evolução de saúde, sendo acompanhado pela equipe médica da Presidência da República."

Desde o último dia 7 de julho, Bolsonaro não comparece a eventos públicos e também deixou de lado as formalidades, adotando uma postura tranquila, como mostra em publicações nas redes sociais em que aparece alimentando emas ao redor do Alvorada ou desfrutando um café da manhã com um sorriso estampado no rosto. 

Até o fechamento desta matéria, são 2.167.988 casos e 81.628 mortes confirmadas de acordo com o balanço mais recente do consórcio de imprensa criado como alternativa aos balanços controversos do Ministério da Saúde, comandado interinamente pelo general Eduardo Pazuello. 

Aos 65 anos, Bolsonaro levantou questionamentos sobre a forma que reagiria ao vírus, sobretudo por fazer parte do grupo de risco, mas tem reagido bem ao tratamento, que inclui a cloroquina levantada por ele diante de centenas de apoiadores em frente ao Palácio do Planalto, como um símbolo de salvação em meio à pandemia, mesmo sem comprovações científicas sobre a eficiência do medicamento e, inclusive, com recomendações contrárias à administração do remédio por conta de possíveis efeitos colaterais adversos. 

Com o terceiro teste positivo desde quando contraiu a doença, Bolsonaro tem assinado documentos digitalmente e participado de reuniões por videoconferência, em um escritório isolado montado às pressas no Alvorada. O primeiro exame para Covid-19 do presidente foi realizado após uma viagem aos Estados Unidos em que 20 pessoas na comitiva testaram positivo. Segundo o governo, o resultado foi positivo, mas a divulgação do resultado só foi realizada após ação movida pelo jornal "O Estado de S. Paulo" que obrigou o presidente a entregar os laudos ao Supremo Tribunal Federal (STF).