Lilia Schwarcz, branca, acusa Beyoncé de 'glamorizar negritude' em 'Black is King'

Antropóloga diz que a cantora precisa 'aprender a fazer uma luta antirracista'
Antropóloga diz que a cantora precisa 'aprender a fazer uma luta antirracista'
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Em 2016, Beyoncé já era apontada como a celebridade que mais ajudou causas sociais no planeta, e desde então seus esforços só aumentaram. É claro que seus feitos e lutas por uma sociedade mais justa ainda geram controvérsias e inúmeras discussões ao redor do mundo, a exemplo das críticas que foram disparadas pela historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz em um artigo de opinião no jornal Folha de S. Paulo, no último domingo (2). 

Na matéria, ela falava especificamente sobre o novo álbum visual da cantora, "Black is King", cujo resultado, segundo a professora da USP, seria uma tentativa de "glamorizar a negritude". Ela ainda foi além e disse que Beyoncé precisa aprender a fazer uma luta antirracista legítima, sem "pompa, artifício hollywoodiano, brilho e cristal". 

'Black is King' foi muito bem recebido por público e crítica
'Black is King' foi muito bem recebido por público e crítica
'Black is King' foi muito bem recebido por público e crítica

Como já era de se esperar, os comentários afrontosos de Schwarcz geraram repúdio generalizado nas redes sociais, com milhares de pessoas acusando a antropóloga de racismo em meio a outros comentários que também sugeriam uma certa ignorância e até perda da racionalidade, incluindo celebridades, como a cantora Iza, que não poupou críticas: 

“Meu anjo, quem precisa entender SOU EU. Eu preciso entender que privilégio é esse que te faz pensar que você tem uma autoridade para ensinar uma mulher negra como ela deve, ou não, falar sobre seu povo. Se eu fosse você (valeu Deus) estaria com vergonha agora. MELHORE”, escreveu a artista, revoltada com as declarações de Schwarcz, que chegou a pedir desculpas com o tradicional perdão "diante daqueles que ofendi". 

"Black is King" foi lançado na última sexta-feira (31) com exclusividade no Disney+, que infelizmente ainda não está disponível no Brasil, onde fãs da cantora fazem o que podem para assisti-lo, seja com serviços de Torrent ou com links diretos compartilhados nas redes sociais. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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