SOS Amapá: População acusa governo de negligência após 8 dias de apagão
Há mais de oito dias com problemas no fornecimento de energia, o Amapá vive um período de caos para a população, sobretudo aos menos necessitados, que sofrem para conseguir produtos e serviços básicos com a escassez e ineficiência em múltiplos setores.
Mesmo com os planos de urgência do Ministério de Minas e Energia, os relatos da população ainda são preocupantes. Quem consegue acesso à internet, aproveita para pedir socorro às demais regiões do país e acusa o Governo Federal de negligência com a região norte.
"[...] não tem como mais aguentar, a população sem energia, sem água e sem comida em muitos lugares. POR FAVOR, OLHEM PRO AMAPÁ", disse uma internauta com duas imagens de cartazes preparados para manifestações no estado em que 13 dos 16 municípios ficaram totalmente sem luz no último dia 03 de novembro, após um incêndio na subestação da empresa Isolux.
Nesta semana, cerca de 70% fornecimento de energia foi reestabelecida, mas devido à limitação, a distribuição acontece em formato de rodízio. Segundo relatos de moradores de regiões mais pobres do estado, os cronogramas não estão sendo obedecidos à risca e tendem a priorizar bairros nobres quando não há energia suficiente.
Nesta quarta-feira (11), o Ministério de Minas e Energia afirmou que o fornecimento foi ampliado para 80% em uma ação que, segundo o ministro da pasta, Bento Albuquerque, ainda levará pelo menos 10 dias para restaurar 100% da energia no Amapá.
O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), mantém uma postura de revolta contra o Governo Federal diante da demora no processo. "Quem deve dar resposta ao desastre em termos de punição é a Agência Nacional de Energia Elétrica e o Operador Nacional do Setor Elétrico. Quem deve dar resposta da transmissão também é o governo federal, porque já que a iniciativa privada é contratada, o governo federal deve dar resposta", disse há dois dias.