Bolsonaro critica politização da Covid-19 e sugere reforma da OMS na reunião de cúpula do Brics

O presidente Jair Bolsonaro discursou na reunião de cúpula do Brics, agrupamento de países que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, e falou brevemente sobre os impactos econômicos gerados com a pandemia de Covid-19 e alguns outros tópicos, como a sugestão de que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) precisam ser reformadas, logo depois de afirmar que criticou a "politização do vírus" desde os primeiros dias. 

A reunião acontece por meio virtual devido à pandemia, seguindo os moldes da Assembleia Geral das nações Unidas, realizada em setembro, quando Bolsonaro disparou frases semelhantes ao que foi dito na manhã desta terça-feira (17). "Desde o início da pandemia, alertei que a Saúde e a Economia deveriam ser tratadas simultaneamente, com a mesma responsabilidade", afirmou o presidente, que em determinado momento disse que "é nosso dever promover o bem estar e prosperidade dos nossos povos".

O bloco foi fundado com o nome Bric em 2006, e teve seu nome alterado para Brics em 2011, após a entrada da África do Sul. O tema principal da cúpula de hoje é a cooperação interna e agendas internacionais. Entre as discussões, os líderes dos países apresentam os cenários de devastação da Covid-19 e clamam por um futuro melhor após o número de mortes por coronavírus ultrapassar a faixa de 1,3 milhão no mundo, de acordo com informações da Universidade Johns Hopkins. 

A reunião ocorre em meio à corrida internacional no desenvolvimento da vacina contra a Covid-19. Bolsonaro gera um conflito intenso com o Instituto Butantan, que desenvolve a vacina Coronavac em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Já o governo do Paraná assinou um acordo com a Rússia para desenvolver a vacina Sputnik V.