Arthur Lira: As prioridades econômicas do novo presidente da Câmara

Como primeira grande decisão no cargo, Lira excluiu praticamente todos os adversários dos cargos de comando da Casa
Como primeira grande decisão no cargo, Lira excluiu praticamente todos os adversários dos cargos de comando da Casa
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Eleito o novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) já deu início ao trabalho, tomando algumas decisões que modificam ordens de privilégios entre as alianças e a oposição, anulando decisões anteriores de Maia e dando início a uma estratégia a qual o presidente eleito do Senado, Rodrico Pacheco, se refere como a "pacificação das nossas relações políticas e institucionais".

Entre suas prioridades econômicas, Lira certamente dará atenção inicial a assuntos pautados de longa data, como a possibilidade de retorno do auxílio emergencial, a PEC do Teto de Gastos e o Orçamento de 2021. Ele, inclusive, já havia dito na última sexta-feira (29) que pretendia se reunir com Pacheco na terça-feira (2) para definir a instalação da Comissão Mista de Orçamento (CMO). 

O processo está ligado à necessidade de aprovação da Proposta de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para que o Orçamento de 2021 seja executado. Em 16 de dezembro, a Câmara aprovou, por 444 votos a 10, o texto base da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021. 

Lira também garantiu que aprovaria medidas para viabilizar o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e do teto de gastos, já nos primeiros dias de mandato. Ao lado de Pacheco, o novo presidente da Câmara também garantiu dedicação ao retorno de algum benefício social à população. Ele sugeriu que o novo benefício poderia ser um incremento no Bolsa Família ou um "programa de renda básica análogo". 

Lira defende a necessidade do auxílio emergencial, mas afirma que "o Brasil não aguenta o pagamento de milhões de pessoas com aquele valor", seguindo os passos travados de Guedes, que segura uma nova rodada do auxílio emergencial com todas as forças. 

Questionado sobre a Reforma Tributária, Lira afirmou que esta não é uma resposta que cabe ao presidente da Câmara, e sim a todos os parlamentares. Segundo ele, a reforma administrativa da Câmara é mais urgente do que a Reforma Tributária neste momento. 

Como primeira grande decisão no cargo, Lira excluiu praticamente todos os adversários dos cargos de comando da Casa, trocando-os por aliados. O PT foi rebaixado para a quarta-secretaria, enquanto PSDB e Rede perdem seus postos na segunda e quarta secretarias. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
Fale com o autor: [email protected]
Conheça nossa redação. Ver equipe.

Escolha do editor

Comentários

O que você achou?
Compartilhe com seus amigos: