Cramulhão 'autoriza' romance entre Irma e José Lucas em Pantanal

Uma das maiores divisões de opiniões do público de Pantanal gira em torno do Cramulhão, que invade o corpo de Trindade (Gabriel Sater) constantemente para enviar mensagens assustadoras e torná-lo uma máquina invencível na viola. Atualmente, o peão está enfrentando um gigantesco dilema e simplesmente toma a atitude de abandonar Irma (Camila Morgado) para, supostamente, evitar que ela e o filho sofram por causa do "coisa ruim". Mais para frente, ele volta, salva a mulher da morte e desaparece novamente, desta vez em definitivo, abrindo espaço para a ruiva se relacionar novamente com José Lucas (Irandhir Santos).

Mesmo com parte do público caindo fervorosamente em cima da utilização do diabo como elemento narrativo do folhetim, é inevitável a percepção de que Trindade carrega um dos aspectos mais importantes de todo o folhetim, conduzindo cenas musicais eletrizantes para ilustrar momentos de grande tensão e abrir portas para novas fases. 

Além disso, o Cramulhão se torna responsável pela sobrevivência de Irma e seu filho, afinal é ele quem realiza o parto e garante que o bebê saia do ventre. A cena, inclusive, causará arrepios e deixará todas as pessoas presentes no cômodo aterrorizadas, pois a criança demonstra uma atitude inquietante ao nascer. No lugar do tradicional choro, o "Cramulhãozinho" começa a gargalhar, como se fosse uma extensão direta da irônica figura do mal que se apossou do espírito de Trindade. 

Na reta final de Pantanal, Trindade some de vez e "autoriza" Irma a se casar com José Lucas, repetindo o roteiro da versão original da novela exibida em 1990.