Não perca! Musa da internet, Lindsey Stirling faz shows no Brasil

Lindsey Stirling é um grande exemplo de que violinistas também podem conquistar um espaço na música popular mundial, ainda mais se contar com beleza e estilo, fatos que deixam a jovem ainda mais em destaque, graças aos vídeos chamativos publicados no YouTube que a destacaram. Ela começou a maratona de shows no Citibank Hall, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, no último sábado (11); o próximo acontece nesta segunda-feira (13), em São Paulo, e o último será na terça-feira (14), em Porto Alegre.

A violinista começou a tocar aos cinco anos de idade, mas foi revelada apenas em 2010, no programa de calouros "America’s Got Talent". Ela chegou às quartas de final da produção televisiva, porém foi eliminada após receber duras críticas dos jurados: uma chegou a dizer que a arte dela não era comercial, e que não encheria grandes casas de show.

Após se sentir humilhada, a garota de 23 anos, e apenas 1,60 m de altura, deu a volta por cima e vem mostrando mundialmente que aquela jurada estava completamente errada. Lindsey não desistiu e continuou com o estilo único de tocar e dançar. Ela decidiu mostrar o talento e abrir o próprio canal no Youtube, o Lindseystomp. Lá, a ruiva compartilhou vídeos de sua autoria e também versões de trilhas sonoras famosas no meio nerd, como os temas de "O Senhor dos Anéis", "Game of Thrones" e "Star Wars". Os jogadores de videogame também foram contemplados com covers dos jogos "Assassin’s Creed", "Skyrim", "Dragon Age" e o clássico "Zelda".

A partir daí, a fama de Lindsey se consolidou e a imagem dela é frequentemente vinculada ao mundo nerd e gamer. O SRZD acompanhou a passagem da artista no Rio e conta todos os detalhes do espetáculo. A noite começou bem animada e, antes do show, a fila estava relativamente grande, mesmo com alguns fãs já com ingressos antecipados em mãos. Após esperar para entrar, a maioria das pessoas decidiu ficar no hall até o início do concerto, que aliás tinha alguns minutos de atraso.

Vestida com uma saia e blusa pretas de vinil, All Star, legging e luvas roxas, Lindsey Stirling começou os trabalhos da turnê "Shatter Me" já com a música "Beyond the Veil", e animou a plateia, que vibrava a cada acorde do violino. Com diversos rodopios, a musicista tocou o instrumento com empenho e encantou a galera com a melodia leve e vibrante da canção.

Como a casa oferecia cadeira numerada em vez de pista, o público foi obrigado a assistir ao concerto sentado. No entanto, como brasileiro não é muito de obedecer protocolos, os espectadores saíram de seus lugares para curtir o som de "Mirror Haus". Mas os seguranças trataram logo de colocar todos de volta nas cadeiras. O Citibank Hall deveria ter pensado nisso com mais cuidado, pois não faz sentido ficar sentado em shows de música pop.

Claro que os fãs mais animados ignoraram os agentes e acompanharam de pé a performance de Lindsey Stirling, que deu um banho de carisma em qualquer personalidade mais famosa por aí. Os passos de dança da americana, em alguns momentos, pareciam descoordenados e confusos, mas a simpatia e o talento da violinista compensaram os poucos deslizes. Fiel ao estilo "cute", ela usava maria-chuquinhas para adornar a cabeleira ruiva e imprimir um aspecto infantilizado ao seu visual. Lindsey não poupou esforço para demonstrar a alegria de se apresentar pela primeira vez em palcos brasileiros. Ela elogiou a comida, o povo e a Cidade Maravilhosa, só deixou como observação que o clima por aqui é muito quente.

Já a terceira faixa, "Electric Daisy", consolidou a presença de palco da musicista e imprimiu nos espectadores a certeza de que o ingresso salgado valeu cada centavo. Depois vieram "Shadows", "Senbonzakura" e, é claro, "Zelda". A cada canção, a baixinha crescia nas graças do público. "We Are Giants" foi um hit que também fez a galera pular com a mistura de música clássica, dance music e acordes clássicos com a voz da cantora Dia Frampton, vocalista da banda Archis.

O momento mais emocionante da noite foi quando a americana pediu para que todos acendessem as lanternas dos celulares e acompanhassem a versão instrumental de "All of me", originalmente com vocais de John Legend. A melodia apaixonante encheu de emoção até o mais duro dos corações.

Outra situação comovente foi quando Lindsey reparou em um garota na plateia vestida como a americana, ela tinha até um violino em mãos. A menina em questão é Jacque Kurchinski, 10 anos, de Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. Falaremos sobre ela mais para frente. Depois vieram as faixas "Elements", "Moon Trance", "Round Table", "Master of Tides", "Crystalize", todas mantiveram o bom nível da apresentação.

Mas a casa veio abaixo mesmo foi com as duas últimas músicas. O sucesso "Shatter Me" contou com a participação no telão da vocalista da banda Halestorm, Lzzy Hale. A pegada rock'n'roll e a voz cortante de Hale, adicionada ao frenesi do violino de Lindsey, fizeram com que ninguém ficasse parado, nem se quisesse.

Depois da explosão, a violinista ameaçou ir embora, mas voltou para o tradicional bis com "Stars Align", na qual ela arrisca algumas expressões como cantora e se dá muito bem. O telão de LED mostra cenas do clipe e imagens do universo, com estrelas e galáxias, tudo visualmente muito atraente.

No geral, o show foi um sucesso, apesar de não contar com grandes produções, nem muitas mudanças de roupa, visto que Lindsey Stirling não é uma estrela que agrada ao grande público, pelo contrário, o sucesso dela está justamente por pertencer a um nicho cada vez mais ansioso por conteúdos próprios. O SRZD conversou com pessoas que apreciam o som de Lindsey e percebeu, por alto, que a maior parte é composta por jovens entre 15 e 25 anos, mas também se via ali no Citibank Hall adultos, idosos e até crianças.

Com informações do portal SRZD.