Delegada do caso Prior anuncia intimação e nega possibilidade de prisão preventiva

A revista Marie Claire, responsável pela publicação de relatos das supostas vítimas de estupro e tentativa de estupro cometidos pelo ex-participante do BBB 20, Felipe Prior, segue como principal ponte jornalística aos responsáveis pelo caso, e na manhã desta sexta-feira (17) publicou novas informações da delegada titular da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, Maria Valéria Pereira Novaes, que conduz o inquérito investigativo em São Paulo. À reportagem, Novaes esclarece que o caso segue em sigilo de Justiça e preza, acima de tudo, pela preservação da identidade das vítimas, além de confirmar que irá intimar o arquiteto na próxima semana. 

Questionada sobre as possibilidades de prisão preventiva, a delegada foi enfática ao dizer que isso não é possível no momento, pois não há material suficiente para a solicitação. "Meu papel é investigar e entregar tudo para a apreciação da Justiça", garantiu Novaes, que fez questão de garantir, inúmeras vezes, que não está tomando julgamentos pessoais em relação a Prior.

A delegada também desmentiu as informações da advogada de defesa, Carolina Tieppo Pugliesi Ribeiro, sobre a suposta negativa da 1ª DDM em fornecer detalhes do inquérito. Segundo ela, houve um desencontro de horários que foi utilizado por Carolina como artifício de acusação contra a própria delegacia. "Então, essa história de não tomar conhecimento formal é mentira. Ela não quis esperar nossa chegada à delegacia", garantiu Maria. 

Prior é formalmente acusado de ter cometido estupro e tentativa de estupro contra três vítimas durante eventos da InterFAU, nome dado aos jogos universitários das faculdades de arquitetura e urbanismo de São Paulo, em 2014, 2016 e 2018. O caso veio à tona após publicação da revista Marie Claire, que apresentou relatos detalhados das supostas vítimas. Com a repercussão negativa, o ex-BBB publicou um vídeo nas redes sociais em que nega as acusações. A InterFAU decidiu publicar uma nota de esclarecimento em que confirma a expulsão do arquiteto de todas os eventos relacionados aos jogos, devido às inúmeras acusações de crimes sexuais na época.