Em vídeo no YouTube, Bolsonaro vangloria a si mesmo com trechos de reunião ministerial
Em meio à crise política e a repercussão internacional negativa, o presidente Jair Bolsonaro luta para manter seu público fiel convicto de que escolheu certo nas eleições de 2018, já que perdeu boa parte dos fãs após o rompimento das relações com o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro.
O presidente publicou um vídeo no YouTube em que separa alguns trechos da reunião ministerial, tornada pública na última sexta-feira (22) por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), numa tentativa de vangloriar a si mesmo como escolha do povo, sobretudo depois que divulgou o link no Twitter:
- Sou Presidente porque a maioria do povo confiou em mim, assim como estou vivo porque Deus assim o permitiu. https://t.co/YKsOtn3jJM
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 26, 2020
Entre os comentários, muitas críticas e, é claro, elogios a Bolsonaro, além de memes e outras brincadeiras que, em resumo, discordam da afirmação referente à escolha realizada pela maioria dos brasileiros. "Maioria dos votos. 2/3 dos brasileiros não votou em você", disse o ator Leandro Ramos, do programa Choque de Cultura, em resposta direta ao post. "Não, você é presidente porque a maioria dos votantes em 2018, 57milhões aproximadamente, escolheu isso. Esse pessoal nem de longe é a maioria do povo brasileiro que conta, atualmente, c/ mais ou menos 210 MILHÕES de pessoas. E conhecereis a verdade e ela lhe mostrará seu tamanho", disse outro usuário.
Do outro lado, apoiadores apontam orgulho e satisfação em ter Bolsonaro como presidente, agradecendo pela conduta diante da pandemia e a linha "casca grossa" desenvolvida no mandato. "Orgulho seguido de orgulho. Obrigado, Presidente!", respondeu o deputado federal Junio Amaral. "Confiei e confio! Peço a Deus todos os dias para que Ele continue te guardando e protegendo. Continue firme!", disse outra internauta, em meio a uma chuva de críticas ao presidente, que parece ter perdido uma fatia essencial de apoio após as recentes polêmicas, além de não contar com argumentos eficientes de defesa.