Em carta aberta, J. K. Rowling se defende das acusações de transfobia

A escritora se defendeu e pediu mais empatia.
A escritora se defendeu e pediu mais empatia.
Kelly Lima
Por Kelly Lima

J.K. Rowling vem se metendo em um emaranhado de polêmicas envolvendo sexualidade gênero. Após fazer comentários considerados transfóbicos nas redes sociais, a autora da saga Harry Potter passou a ser criticada e taxada de preconceituosa. Por vários dias seu nome esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter e até Daniel Radcliffe, que encarnou o bruxinho mais famoso do mundo na ambientação cinematográfica, rebateu as falas da escritora. Cansada de receber ataques de todos os lados, ela optou por divulgar uma carta aberta em seu site oficial.

A inglesa causou muita revolta entre seus seguidores e principalmente na comunidade trans, que reagiu de forma agressiva. Cansada de toda essa discussão, ela escreveu um longo desabafo, onde se defende das acusações de transfobia e explica seu pensamento sobre o assunto. Ela inicia a carta afirmando que não tinha a intenção de “acrescentar mais toxidade” ao assunto e segue explicando seu posicionamento.

De acordo com Rowling, tudo começou quando ela fez um tweet, em 2019, em apoio da Maya Forstater, especialista em impostos que perdeu o emprego por ser acusada de fazer postagens “transfóbica”, porém, a escritora ressalta que seu interesse no assunto “trans” é anterior ao mencionado caso. “Em certo nível, meu interesse nesse tema tem sido profissional, pois estou escrevendo uma série criminal, ambientada nos dias de hoje, e minha detetive protagonista é de uma idade que se interessa e que é afetada por isso; mas em um nível pessoal também, como irei explicar”, escreveu.

A escritora ainda revela que durante o tempo em que estudou e pesquisou sobre o assunto sofreu muitas represálias de ativistas trans. “Tudo isso foi engatilhado por uma ‘curtida’. Quando comecei a me interessar em identidade de gênero e discussões transgêneras, comecei a tirar fotos de comentários que me interessavam, como modo de me lembrar o que deveria pesquisar mais tarde. Em uma ocasião, eu, sem percebi, apertei o botão de ‘curtir’ em vez de tirar uma foto. Aquela única ‘curtida’ foi evidência de pensamentos errôneos e um persistente baixo nível de assédio começou”, explicou.

Após esse episódio, ela se manteve afastada do Twitter por longos meses, antes e depois de fazer a postagem favorável a Maya, por uma questão de preservação da própria saúde mental e só retornou para a rede social para compartilhar com os fãs o lançamento de um novo livro infantil gratuito, mas logo passou a ser atacada por ativistas que a acusavam de ódio, misoginia, entre outras coisas.

Na carta, Rowling ainda citou cinco motivos pelos quais fica preocupada com o novo ativismo trans e finalizou pedindo um pouco mais de empatia para com ela e outras milhões de mulheres "cujo único crime foi querer que suas preocupações fossem ouvidas, sem receber ameaças e abusos”.

Sobre o autor

Kelly Lima
Kelly LimaWeb designer por curiosidade, Desenhista por amor, Gestora de RH por teimosia, acadêmica de Geografia por sorte e redatora nas horas vagas. Twiiter: Kelly Nivelly (@KNivelly)
Fale com o autor: [email protected]
Conheça nossa redação. Ver equipe.

Escolha do editor

Comentários

O que você achou?
Compartilhe com seus amigos: