Após acusações em rede social, Kim Kardashian pede compaixão pelo transtorno bipolar de Kanye West

A recente série de tweets de Kanye cheios de acusações a ela e a sua mãe, Kris Jenner, levou a socialite a comentar sobre a saúde mental do marido pela primeira vez.
A recente série de tweets de Kanye cheios de acusações a ela e a sua mãe, Kris Jenner, levou a socialite a comentar sobre a saúde mental do marido pela primeira vez.
Carol Souza
Por Carol Souza

Kim Kardashian West falou pela primeira vez nesta última quarta-feira (22) sobre o transtorno bipolar do marido, o rapper Kanye West, após a publicação e exclusão de uma série de tweets cheios de acusações e exposição da sua vida familiar logo após a realização do comício de lançamento de sua campanha presidencial em Charleston, na Carolina do Sul.

"Aqueles que são próximos a Kanye conhecem seu coração e entendem suas palavras às vezes não se alinham com suas intenções", escreveu ela em seus stories no Instagram. A socialite disse que já havia evitado comentar a saúde mental de West para proteger seus filhos e o direito à privacidade do marido. Ao quebrar esse silêncio, ela disse que desejava abordar os "estigmas e conceitos errôneos" que envolvem a saúde mental.

Ela escreveu: "Os que entendem doenças mentais ou mesmo comportamentos compulsivos sabem que a família não tem poder, a menos que o membro seja menor de idade. As pessoas que desconhecem ou estão distantes dessa experiência podem julgar e não entender que o próprio indivíduo precisa se engajar no processo de obter ajuda, por mais que a família e os amigos tentem".

Nos EUA, a hospitalização e tratamento involuntários são considerados violadores dos direitos civis de um indivíduo. Um indivíduo deve representar um perigo para si ou para os outros, a fim de ser mantido, apenas para avaliação, que normalmente não dura mais de 72 horas. Uma pessoa idosa ou "gravemente incapacitada" pode ser colocada sob uma tutela.

Em seus tweets, que foram apagados posteriormente, Kanye acusou Kim e a sogra, Kris Jenner, de estarem voando ao seu encontro junto a um médico para "trancá-lo como no filme 'Corra!'".

Vale lembrar que West foi internado voluntariamente no hospital em 2016, após uma ligação de emergência sobre seu bem-estar durante um período de comportamento irregular.

Kim ainda acrescentou: "Eu entendo que Kanye está sujeito a críticas porque ele é uma figura pública e suas ações às vezes podem causar opiniões e emoções fortes. Ele é uma pessoa brilhante, mas complicada, que, além das pressões de ser artista e negro, experimentou a dolorosa perda de sua mãe e precisa lidar com a pressão e o isolamento que são agravados por seu transtorno bipolar".

West está sujeito a uma atenção da mídia mais difundida do que o normal desde que anunciou sua campanha presidencial no início de julho. Embora não se pense que ele tenha preenchido a papelada oficial, ele twittou pedindo aos fãs que o colocassem na votação em certos estados.

Em Charleston, na segunda-feira (20), ele fez um discurso desmedido referenciando os termos de seu acordo com a Adidas para sua marca de moda Yeezy, sua fé em Deus e o racismo nos EUA, incluindo uma afirmação de que a abolicionista Harriet Tubman "nunca realmente libertou os escravos, ela apenas mandou os escravos trabalharem para outras pessoas brancas". Desde então, ele expressou dúvidas sobre a possibilidade de continuar sua corrida presidencial este ano, chegando a perguntar aos fãs se deve adiá-la até 2024.

Kardashian West pediu à mídia e ao público que tenham "compaixão e empatia" à família e agradeceu àqueles que expressaram preocupação pelo bem-estar de seu marido. "Nós, como sociedade, falamos em dar graça à questão da saúde mental como um todo, mas também devemos dar às pessoas que vivem com ela nos momentos em que mais precisam", escreveu ela.

Em meio à toda polêmica em que se viu inserido nesta semana, West afirmou que lançará um novo álbum, "Donda: With Child" - em homenagem a sua falecida mãe - nesta sexta-feira (24).

Sobre o autor

Carol Souza
Carol SouzaAmante do cinema, dos livros e apaixonadíssima pelo bom e velho rock n'roll. Amo escrever e escrevo sobre o que amo. Ativista da causa feminista e bebedora de café profissional. Instagram: @barbooosa.carol
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