Covid-19: Doria afirma que vacina pode chegar em janeiro no SUS
A vacina contra a Covid-19 pode chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de janeiro de 2021, de acordo com informações do governador de São Paulo, João Doria, nesta segunda-feira (27), em entrevista à Rádio Itatiaia. Segundo ele, a produção da vacina poderia ser iniciada na segunda quinzena de novembro, caso os testes sejam concluídos com bons resultados e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorize a confecção em larga escala.
"Aí teríamos uma quantidade necessária para iniciar a imunização de brasileiros de todo o país no início de janeiro de 2021 pelo Sistema Único de Saúde“, informou o governador. Vários países desenvolvem suas vacinas contra o vírus que já atingiu mais de 16 milhões de pessoas pelo mundo, mas a CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech, é uma das mais promissoras até o momento. No Brasil, a vacina é testada sob o comando do Instituto Butantan.
Apesar de desenvolvida na China, a CoronaVac, se tiver sua eficiência comprovada, poderá ser produzida em larga escala no Brasil, sem a necessidade de importação de unidades produzidas no exterior. Isso porque o Instituto Butantan está adaptando uma fábrica para produzir a vacina nacionalmente, reduzindo consideravelmente o tempo até a disponibilização no SUS. Mesmo assim, o acordo ainda permite que o Brasil receba cerca de 60 milhões de doses fabricadas na China, para somar às 100 milhões de doses que poderão ser fabricadas pela fábrica adaptada.
“Não há importação da vacina, o instituto Butantan estará produzindo aqui a vacina contra o coronavírus. É a mensagem da esperança diante de um quadro tão grave e tão difícil quanto este da pandemia que se abateu sobre o Brasil e outros 215 países do mundo”, informou Doria em entrevista à Globo News.
12 centros de pesquisa aplicam a vacina chinesa em 9 mil voluntários, todos profissionais da saúde, em Minas Gerais, São Paulo, Parana, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, mais mais de um milhão de voluntários para o ensaio clínico. O acordo entre o laboratório Sinovac e o governo de São Paulo é estimado em R$ 85 milhões e prevê a transferência total de tecnologia para a produção no Instituto Butantan.