São Paulo recebe da China mais 2 milhões de doses da vacina CoronaVac

O governador João Doria recebeu as doses prontas, ao contrário da última remessa, que continha insumo para a finalização do produto
O governador João Doria recebeu as doses prontas, ao contrário da última remessa, que continha insumo para a finalização do produto
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Dois milhões de doses da vacina CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, foram recebidas em São Paulo na manhã desta sexta-feira (18). Trata-se da terceira remessa de encomendas, a segunda do material pronto, já que o último pacote, recebido no início de dezembro, continha insumos para a finalização da vacina no instituto brasileiro, e não o produto final. 

O avião que trouxe o imunizador chegou por volta de 6h26 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), compareceu para receber o lote, acompanhado do secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, e do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. 

“Agora com a chegada desses 2 milhões, temos 3 milhões e 120 mil doses já em solo brasileiro sendo processada pelo Instituto Butantan”, disse o governador ao receber o produto. “Até 15 de janeiro teremos 9 milhões de doses prontas para uso. Então é a primeira vacina em solo nacional, a primeira vacina que está sendo produzida no Brasil e na América latina", complementou Covas. 

A estratégia do governo de São Paulo para o início da imunização sofreu mudanças na última quinta-feira (17), com a solicitação de uso emergencial à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), poucos dias depois de Doria afirmar que solicitaria apenas o registro definitivo da vacina, e não o emergencial. 

Na última quarta-feira (16), o Ministério da Saúde anunciou o Plano Nacional de Vacinação em evento que contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, além do personagem Zé Gotinha, que ilustra as campanhas de vacinação brasileiras desde o final da década de 80. 

No documento, foi incluído o imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês, ao contrário do que esperava Bolsonaro, que insistiu em negar a compra da CoronaVac em discursos resumidos por ataques infundados à China, semelhante ao que fez o presidente norte-americano Donald Trump em sua campanha frustrada para a reeleição nos EUA. 

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Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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