Mulheres promovem “beijaço” na Câmara contra deputado Jair Bolsonaro

Mulheres promovem “beijaço” na Câmara contra deputado Jair Bolsonaro
Diário 24 Horas
Por Diário 24 Horas

Um grupo de cinco mulheres promoveu um "beijaço" nas dependências da Casa contra a possibilidade de o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) assumir a Comissão dos Direitos Humanos. Isso ocorre em meio à negociação de divisões das comissões e geram novos protestos quanto à possível escolha do deputado aliado a Marco Feliciano (PSC-SP), que anteriormente também foi alvo de protestos similares. Ativistas levaram cartazes a deputados nos quais pediam "mais amor, menos Bolsonaro".

Bolsonaro, conhecido por suas posições conservadoras, tenta suceder Feliciano na Comissão de Direitos Humanos. O caminho poderá ficar livre para ele caso o PT abra mão da comissão e o PP não garanta a Comissão de Minas e Energia.

"Há sim uma perspectiva que essa comissão seja presidida por Bolsonaro, que em nossa opinião é um inimigo dos direitos humanos", disse Maria das Neves, diretora das jovens feministas da UJS.
Questionado sobre o protesto, Bolsonaro causou mais polêmica ao dizer que pretende defender o direito das maiorias caso seja eleito à comissão. "Minha proposta é defender o direito das maiorias, e não das minorias. Minorias têm de se calar, se curvar a maioria", disse.

Avisado do protesto, Bolsonaro afirmou nunca ter sido contra homossexuais, mas sim ao projeto que ficou conhecido como "kit gay". "Pode beijar à vontade. A minha briga nunca foi contra os homossexuais, foi contra o material escolar. Nós não podemos estimular a criança a partir dos seis anos de idade a ser homossexual como o PT vem fazendo", disse. "Se o homossexual foi violentado ou maltratado, a pena deve ser a mesma de que violentar ou maltratar um heterossexual. Porque agora eles vão ter superpoderes? Eles são semideuses? Não é porque o cara faz sexo com o seu órgão excretor que ele tem que ser melhor do que os outros."

Bolsonaro também defende a aplicação da pena de morte contra a "minoria de marginais que aterroriza a maioria". "Quando se fala em menor vagabundo, como esse que foi preso num poste do Rio de Janeiro, você tem de ter uma política para aprisionar esses caras, buscar a redução da maioridade penal", disse.

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