Ex-presidente do Grammy Awards faz acusações contra a premiação

A ex-presidente do Grammy, Deborah Dugan, foi afastada da premiação semanas antes da edição deste ano, por alegações de “má conduta”, mesmo tendo ficado no cargo por apenas seis meses. A ex-presidente falou sobre diversas polêmicas envolvendo o alto escalão da Academia, relatando casos de assédio sexual cometidos pelos membros. As acusações, no geral, abordam assédio sexual e estupro, discriminação por raça e gênero e fraude nas indicações. A denúncia foi obtida e disponibilizada pelo site “Pitchfork”.

O Grammy Awards 2020 está bem próximo de ocorrer, no próximo dia 26, e Deborah Dugan não mediu as palavras para comentar tudo o que já aconteceu nos bastidores do evento ao longo dos anos, como o assédio sexual cometido pelo antecessor de Deborah, Neil Portnow, que possivelmente chegou a estuprar uma pessoa. Joel Katz, advogado da indústria da música que representa o Grammy, também foi acusado de assédio.

Acusações de racismo e misoginia também estiveram presentes no processo, de acordo com a declaração, há fraudes no processo de escolha de indicados e vencedores do Grammy Awards, ela complementa: “Tudo isso foi possível pela mentalidade de ‘clube do Bolinha’ e abordagem da administração da Academia”.

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A sua ação continua, dizendo que o Grammy Awards é extremamente racista, reiterando que dificilmente artistas de R&B e Rap, predominantemente negros, são vencedores das principais categorias, como Música, Gravação e Álbum do Ano, nem mesmo os nomes consagrados pela crítica e pelo público.

Após as polêmicas, há rumores de que algumas apresentações sejam canceladas, como ocorreu com a apresentação de Ariana Grande em 2019, que, na época, já acusava a premiação de misoginia.