No Reino Unido, Boris Johnson inicia plano para relaxamento de quarentena

O Reino Unido está com um alto número de mortes em decorrência do novo coronavírus, mantendo a quarentena em todo país para conseguir atender a demanda nos hospitais. Com isso, o governo estuda medida de isolamento de 14 dias para os recém-chegados no país.

Medidas de isolamento de 14 dias por viajantes recém-chegados foram adotadas na China e em Hong Kong, onde até mesmo cidadãos moradores das províncias chinesas precisam passar por este período em isolamento total ou parcial, por vezes em hotéis ao invés de suas casas.

Esta medida visa evitar uma grave segunda onda de infecções pela doença. Na previsão do governo inglês, somente pessoas procedentes da Irlanda estariam de fora do isolamento e todo o restante de visitantes vindos de avião, trem ou navio, precisarão passar pelas duas semanas de isolamento.

A informação foi veiculada na edição de sábado (9) do jornal britânico The Times, que também indica que a medida seria anunciada pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, hoje (10).

O governo tem sofrido constantes pressões para a flexibilização do isolamento devido aos riscos econômicos que estão sofrendo. O Reino Unido já contabiliza 31.200 mortes pela doença, sendo assim o segundo país no mundo com o maior número de mortos, estando atrás somente dos Estados Unidos.

No momento, o primeiro-ministro britânico anunciou em seu Twitter outras medidas de desconfinamento progressivo que devem ser tomadas para iniciar o relaxamento do isolamento, com a campanha #StaySafe. Em três etapas, Johnson relatou como o Reino Unido irá seguir a partir dos próximos dias para voltar a sua nova normalidade.

Boris Johnson informou que “A partir desta quarta-feira (13), queremos incentivar as pessoas a fazer mais e até quantidades ilimitadas de exercícios ao ar livre. Você pode sentar-se ao sol no parque local, pode dirigir para outros destinos, pode até praticar esportes, mas apenas com membros de sua própria casa”. Citou também sobre o início gradual da reabertura de escolas: “No mínimo, até 1º de junho - após o semestre - acreditamos que poderemos começar a reabertura em fases das lojas e levar os alunos primários de volta às escolas, em etapas, começando com a recepção, o primeiro e o sexto ano”.

E concluiu com a terceira etapa do plano: “O mais tardar em julho - sujeito a essas condições e a outros pareceres científicos; se e somente se os números o apoiarem, esperamos reabrir pelo menos parte da indústria da hospitalidade e outros locais públicos, se forem seguros e forçar o distanciamento social”.