Oscar: Em nome da diversidade, Academia expande número de membros e inclui produtores brasileiros
O mundo do cinema sofreu um grande baque com a pandemia de coronavírus, grandes estúdios precisaram suspender produções em andamento e adiar estreias de filmes ao redor do mundo. Muitas premiações também tiveram suas datas postergadas, entre elas o Oscar, que ainda assim mantém as atividades em dia para 2021 e já inicia a listagem dos indicados para as categorias. Não só isso, na última terça-feira, 30, a Academia revelou que expandiu o número de membros, entre os escolhidos estão seis brasileiros.
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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou uma lista com 819 novos membros que vão se juntar a banca para escolher os melhores dos melhores dignos de levarem a estatueta para casa. A diversidade foi um critério predominante nesta seleção, que contemplou 68 nacionalidades diferentes, sendo estes 45% mulheres, 36% são de "comunidades étnicas que eram pouco representadas" e 49% são de pessoas que moram em outros países que não os Estados Unidos.
Entre os novos membros votantes estão seis brasileiros muito reconhecidos pelos seus trabalhos. Mariana Oliva e Tiago Pavan foram convidados para esta empreitada. Eles foram responsáveis por produzir o documentário “Democracia em Vertigem”, que representou o Brasil no Oscar 2020. O animador Otto Guerra e a montadora Cristina Amaral também estão entre os selecionados. Júlia Barchal (brasileira que atua nos EUA) e Vincent Carelli (nascido na França, mas criado no Brasil), ambos documentaristas, passaram a integrar o grupo, que já contava com a participação da diretora Petra Costa, que faz parte da Academia desde 2018. Alice Braga, Rodrigo Santoro, Carlinhos Brown, Kleber Mendonça Filho, Walter Carvalho, Sônia Braga, Fernanda Montenegro, Walter Salles, Rodrigo Teixeira e José Padilha também fazem parte da Academia.
Essa pluralidade vem há tempos sendo discutida e já virou uma constante em vários setores dentro e fora dos cinemas. Há algum tempo a Academia vinha sendo criticada por não apresentar tanta diversidade entre seus membros, os indicados e consequentemente os vencedores da premiação. Essa nova lista vem como uma resposta, assim como ocorreu com o evento deste ano, quando “Parasita” venceu a categoria de “Melhor Filme”, a mais importante. Por falar nos sul-coreanos, toda a equipe principal envolvida do longa também está na nova lista de membros, assim como a atriz de origem chinesa Awkwafina e a atriz de origem nigeriana Cynthia Erivo.