Eficácia geral da CoronaVac é de 50,38%, diz Butantan

A chamada eficácia geral engloba todos os tipos de casos da doença, do mais leve ao mais grave
A chamada eficácia geral engloba todos os tipos de casos da doença, do mais leve ao mais grave
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

A CoronaVac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac, apresentou eficácia geral de 50,38% nos testes realizados no Brasil. As informações foram divulgadas pelo Butantan em coletiva de imprensa nesta terça-feira (12). Apesar dos valores numéricos inferiores aos 78% divulgados anteriormente, o índice permanece acima do exigido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 50%.

A eficácia geral aponta a capacidade de proteção da vacina em todos os casos possíveis, desde o mais leve, assintomático, ao mais grave. A diminuição de 78% para 50,38% está ligada aos casos muito leves, em que não é necessária a procura por um médico. Isso quer dizer que a CoronaVac ainda está na categoria "muito segura", garantindo proteção contra mortes e complicações severas da doença nos casos mais delicados. 

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"Essa vacina tem segurança, tem eficácia, e todos os requisitos que justificam o uso emergencial", disse o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, em defesa da vacina, durante o anúncio realizado na tarde de hoje. O diretor de pesquisa do Instituto Butantan, Ricardo Palácios, que apresentou os dados do estudo, fez questão de mostrar que os valores numéricos inferiores já eram esperados nos casos mais leves. "Temos uma vacina que consegue controlar a pandemia através desse efeito esperado que é a diminuição da intensidade da doença clínica”, afirmou Palácios. 

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Os dados preliminares da CoronaVac na Indonésia mostraram uma eficácia de 65,3%, e a vacina já foi aprovada para uso emergencial no país, com o desembarque das primeiras doses programado para a próxima quarta-feira (13). Segundo os pesquisadores chineses, a vacina não apresenta nenhuma preocupação relacionada à segurança, e a maioria das reações registradas nos ensaios clínicos foi leve. 

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Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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