Desfile de tanques de guerra em Brasília é o ápice do circo bolsonarista

Chamado de "tradicional" e "festivo" por robôs bolsonaristas no Twitter, o desfiles de tanques de guerra e outros blindados em Brasília se tornou o ápice do circo do presidente Jair Bolsonaro em meio à grave situação do país, que atrasou brutalmente a vacinação contra Covid-19 e que assiste de camarote as intervenções do governo para alavancar os retornos positivos aos empresários e grandes fazendeiros, a exemplo da privatização dos Correios, da fundição que se tornou o Ministério da Economia e vários outros esforços duvidosos. 

O desfile militar acontece na manhã desta terça-feira (10), mesmo dia previsto para a análise na Câmara dos Deputados da PEC que prevê a adoção do voto impresso, outro atraso significativo que o governo Bolsonaro luta com unhas e dentes para conquistar até as próximas eleições. 

De acordo com informações da Marinha, o desfile conta com 150 veículos, incluindo veículos blindados e anfíbios, carros de combate, aeronaves, artilharia e lançadores de mísseis e foguetes, totalizando cerca de 1,5 mil toneladas de equipamentos transportados do Rio de Janeiro a Brasília, com 2,5 mil militares garantidos no evento, cujo objetivo seria entregar um convite a Bolsonaro para um treinamento de militares da Marinha, Exército e Aeronáutica no próximo dia 16 de agosto, em Formosa (GO). 

Aproximando-se das 600 mil mortes por Covid-19, o Brasil se une em represálias enquanto Bolsonaro acena para apoiadores lunáticos em Brasília. A "tanqueciata" apoiada pelo presidente soa como uma ameaça à democracia e reforça a necessidade de combater possíveis trâmites para um golpe militar, amparado claramente pela inexplicável necessidade de exigir o voto impresso enquanto todo o resto desmorona em volta.