Caso Flordelis será enviado para o Conselho de Ética após decisão unânime

O caso da deputada Flordelis (PSD-RJ) será encaminhado para o Conselho de Ética após decisão unânime da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (28), em substituição ao encontro anteriormente marcado para a última terça-feira, adiado sem esclarecimentos do motivo.

A parlamentar nega as acusações de que teria sido a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, e segue em liberdade com monitoração de tornozeleira eletrônica. Com a decisão, Flordelis poderá ter seu mandato cassado, mas a retomada do caso não acontecerá tão rapidamente, já que o Conselho de Ética permanece fechado desde março devido à pandemia de Covid-19.

A reunião que definiu o envio do caso ao Conselho de Ética aconteceu na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DRM-RJ), reunindo os integrantes da Mesa Diretora para discutir acerca do relatório do corregedor da Câmara, Paulo Bengtson (PTB-BA), que afirmou que os fatos descritos na representação do deputado Léo Motta (PSL-MG) e no inquérito policial reúnem argumentos e indícios suficientes de "irregularidades ou de infrações às normas de decoro e ética parlamentar".

As investigações sobre o caso apontam que a deputada contou com a ajuda de pelo menos dez pessoas, entre elas sete filhos e uma neta do casal, além de um ex-policial militar e sua esposa. Anderson foi vítima de seis tentativas de envenenamento antes de ser atacado com mais de 30 tiros em 16 de junho de 2019. Outro ponto que chamou atenção dos investigadores foi o fato de que Flordelis comunicou o homicídio horas depois do crime.