Campos Neto nega conflito com Guedes: 'temos um pensamento muito parecido'

O presidente do BC afirmou que teve uma reunião com Guedes em que suas supostas divergências foram dissipadas
O presidente do BC afirmou que teve uma reunião com Guedes em que suas supostas divergências foram dissipadas
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Em entrevista veiculada na noite da última quinta-feira (26) no SBT, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afastou os rumores de divergências com o ministro da Economia, Paulo Guedes, aproveitando para comparar as duas formas de trabalho como semelhantes. 

“Nós temos um pensamento muito parecido”, afirmou Campos Neto após ter sido criticado pelo ministro na quarta-feira (25). Na ocasião, Guedes rebateu os comentários de que o país precisa de um plano indicador de preocupações com a trajetória da dívida aos investidores. “Pergunta qual o plano dele para recuperar a credibilidade. O plano nós já sabemos qual é, nós já temos”, esbravejou o ministro após questionamentos da imprensa.

Campos Neto, por sua vez, fez o possível para afastar as intrigas e explicou a importância de seguir o teto de gastos para "passar uma mensagem de disciplina fiscal". “Eu estava ecoando uma preocupação que havia sido dita pelo ministro, que é uma preocupação de que não podemos achar uma saída que seja uma saída que gere um gasto fiscal permanente, que gere um gasto fiscal alto”, disse o presidente do BC, que teve uma conversa com Guedes na manhã de quinta-feira. 

“A gente pode interpretar que se, de fato, a gente não conseguir aplicar um sistema de disciplina fiscal em que a gente tem uma convergência da dívida no longo prazo, nós podemos, sim, caminhar para uma desorganização de preços”, prosseguiu Campos Neto, que também reiterou as recentes avaliações sobre a inflação relacionadas a componentes tendenciosamente passageiros, como o pagamento do auxílio emergencial e a elevação dos preços dos alimentos, por exemplo.

Preços de commodities como soja e milho foram citados por Campos Neto como índices de recuo. “O câmbio também, chegou a bater em 5,70, 5,80, voltou aí para a faixa de 5,30-5,35, a gente observa isso, sempre lembrando que o câmbio é flutuante”, especificou. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
Fale com o autor: [email protected]
Conheça nossa redação. Ver equipe.

Escolha do editor

Comentários

O que você achou?
Compartilhe com seus amigos: