Anvisa aprova solicitação da Fiocruz para importar vacina de Oxford

A importação é considerada excepcional já que o imunizante não possui autorização de uso emergencial ou registro sanitário.
A importação é considerada excepcional já que o imunizante não possui autorização de uso emergencial ou registro sanitário.
Bruna Pinheiro
Por Bruna Pinheiro

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para importar 2 milhões de doses da vacina contra o coronavírus produzida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. De acordo com a Fundação, os imunizantes devem chegar ao Brasil ainda no mês de janeiro.

Anteriormente, em outubro de 2020, a Anvisa concedeu autorização para o Butantan importar 6 milhões de doses da CoronaVac, vacina que está sendo desenvolvida em parceria pelo laboratório chinês Sinovac e testada no Brasil.

No caso da vacina  de Oxford com a AstraZeneca, a importação do imunizante é considerada excepcional já que ele ainda não foi submetido à autorização de uso emergencial ou registro sanitário pela agência responsável no Brasil. Segundo a divulgação, a autorização foi concedida no dia 31 de dezembro, mesma data em que o pedido de importação foi protocolado pela Fiocruz.

"A principal exigência é que as vacinas importadas fiquem sob a guarda específica da Fiocruz até que a Anvisa autorize o uso do produto no país. Para isso, a Fiocruz deve garantir as condições de armazenamento e segurança para manutenção da qualidade do produto. Na solicitação recebida pela Anvisa, a indicação é que as vacinas cheguem ao país em janeiro", disse a Agência em nota.

Segundo a revista científica "Lancet", a a vacina de Oxford tem eficácia média de 70% e é considerada segura. Ela foi testada em vários países, incluindo o Brasil, e possui uma produção, armazenamento e distribuição consideradas mais fáceis pelas autoridades responsáveis.

O Reino Unido foi um dos primeiros países a autorizar o uso emergencial da vacina de Oxford, que foi também aprovada hoje (3) na Índia, junto com a vacina Covaxin, produzida pela indiana Bharat Biotech, em colaboração com agências governamentais. De acordo com a agência Reuters, mais de 50 milhões de doses do imunizante da Oxford estão sendo armazenadas pelo Serum Institute of India (SII), fabricante local.

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Bruna Pinheiro
Bruna PinheiroInternacionalista. Escrevo hoje sobre política, economia, filmes e séries. Adoro viajar e comer (não necessariamente nessa ordem). Segue lá @bpinheiro1
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