Tino Marcos deixa a Globo após 35 anos

O repórter estava concentrado em reportagens e séries especiais na emissora, e agora decide dedicar mais tempo à família
O repórter estava concentrado em reportagens e séries especiais na emissora, e agora decide dedicar mais tempo à família
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Tino Marcos decidiu encerrar sua trajetória como repórter está de saída da Rede Globo após 35 anos de trabalho na emissora. O carismático jornalista se tornou uma figura do cotidiano para os brasileiros apaixonados por futebol, que quase sempre ouviam sua voz nas transmissões da seleção brasileira e se emocionavam com suas reportagens roteirizadas para a TV. 

Marcos chega aos 58 anos com a certeza de que já está na hora de colocar um ponto final em sua jornada televisiva, que inclui a cobertura de oito Copas do Mundo, seis Olimpíadas e milhares de transmissões e reportagens por diversos países. No entanto, ele ainda terá uma missão pela frente. 

"Nos últimos tempos, fiquei fazendo grandes reportagens. Fiz uma série olímpica, que ficou maravilhosa, e vai ao ar no Jornal Nacional antes dos Jogos de Tóquio. Vamos explicar que foi gravada antes da pandemia. Vai ser a cereja do bolo, minha última grande produção no esporte", disse Marcos, que iniciou a carreira no Jornal dos Sports, antes de ser convidado para trabalhar na TV Globo em 1985. 

Tino afirma que sua decisão de deixar a Globo partiu da diminuição de espaços para produções especiais, às quais ele estava se dedicando prioritariamente. "Eu passei a ter uma combinação de fazer grandes reportagens, grandes séries, como estava fazendo a série olímpica do Jornal Nacional. Trabalhar menos dias no ano. E estava ótimo. O modelo de trabalho que eu vinha tendo era voltado para grandes produções. E esse seguimento foi diretamente atingido pela pandemia. Ficou uma condição mais voltada para esse tipo de matéria que temos feito através da internet, com poucas coisas do que eu sempre gostei de fazer", disse o repórter.

"Captar, olhar as imagens, escrever, produzir. Isso se resumiu muito. Mas me preparei para isso gradativamente. Tive a cumplicidade total da direção na condução desse tipo de modelo. Eu era um faz tudo. Fazia o ao vivo do Globo Esporte, do Bom Dia Brasil, matéria pro Jornal Nacional, Globo Repórter, Fantástico, fazia as séries, eu era muito elástico e me orgulhava muito disso. Sempre gostei e orientei os mais jovens: tenta ser rápido, fazer matéria rápida quando tem que ser rápido, simples, e também a fazer matérias com fôlego, com roteiro. Com o tempo, comecei a ficar cansado desse modelo de cobertura diária", completou Marcos, que agradece pelas mais de três décadas trabalhando na emissora e afirmaque dedicará mais tempo à família a partir de agora. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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