Superliga europeia é criticada por jogadores e entidades no mundo inteiro

Doze grandes clubes da Europa anunciaram a criação de uma superliga em oposição ao formato atual da Champions League
Doze grandes clubes da Europa anunciaram a criação de uma superliga em oposição ao formato atual da Champions League
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Após o anúncio de doze clubes gigantes da Europa sobre a criação de uma superliga europeia, em oposição ao formato atual da Champions League, jogadores, dirigentes, jornalistas e comentaristas esportivos do mundo inteiro iniciaram uma campanha contra a alternativa. Vários grandes clubes recusaram participação na superliga, que já nasce totalmente conturbada no cenário global. 

Ander Herrera afirmou que a iniciativa faz parte de um plano de empresários para garantir enriquecimentos cada vez maiores, rompendo os sonhos de clubes menores e escancarando uma política deliberada de "roubo". "Amo o futebol e não posso ficar calado diante disso. Acredito em uma Champions melhorada, mas não que os ricos roubem o que o povo criou, que não é outra coisa além do esporte mais bonito do planeta", disse o atleta do PSG, que recusou participar da superliga. 

O Arsenal e o Real Madrid, que integram a lista de fundadores da superliga, ouviram críticas de vários ex-jogadores, a exemplo do meia Özil, que atualmente está no Fenerbahçe e emitiu uma declaração revoltada contra a criação da nova competição: "O prazer dos grandes jogos é que eles acontecem apenas uma ou duas vezes por ano, não todas as semanas. Realmente difícil de entender para todos os fãs de futebol."

A Federação Internacional de jogadores de futebol profissional (FIFPro) emitiu um comunicado oficial criticando duramente a superliga europeia, incluindo preocupações lógicas com o impacto na estrutura mundial do esporte. "Os jogadores continuam a ser usados ​​como ativos e alavancas nessas negociações. Isso é inaceitável para a FIFPro, nossas 64 associações nacionais de jogadores e os 60 mil jogadores que representamos. Iremos nos opor veementemente a medidas de qualquer um dos lados que impeçam os direitos dos jogadores, como a exclusão de suas seleções", ameaçou a FIFPro em comunicado. 

No Brasil, o jornalista Paulo Vinicius Coelho, mais conhecido pelo apelido PVC, também criticou a competição. "Superliga da Europa com critério técnico que inclui Milan e Arsenal. Dois grupos de dez. Os três primeiros de cada grupo vão às quartas e esperam repescagem entre quartos e quintos colocados. (risos) Inventaram o Brasileirão da Europa (risos). Que é isso!? Chama o Nabi Abi Chedid", brincou o jornalista. 

A superliga europeia foi anunciada por doze clubes. São eles: Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester City, Manchester United e Tottenham (Inglaterra); Atlético de Madrid, Barcelona e Real Madrid (Espanha); e Inter de Milão, Juventus e Milan (Itália). 

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Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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