Desemprego recua para 5,6% e atinge menor patamar da história, aponta IBGE
Queda na taxa de desocupação reflete mercado de trabalho aquecido e recorde de trabalhadores ocupados no país


O Brasil registrou uma nova queda na taxa de desemprego, que atingiu 5,6% no trimestre encerrado em julho de 2025, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo IBGE. Esse é o menor índice já observado desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), iniciada em 2012.
O resultado representa uma redução significativa em relação ao trimestre anterior, quando a taxa estava em 6,6%. Em números absolutos, o contingente de pessoas desocupadas caiu para 6,1 milhões, o menor já registrado desde 2013. Ao mesmo tempo, a população ocupada alcançou o recorde de 102,4 milhões de brasileiros com algum tipo de trabalho, impulsionada principalmente pelo crescimento do emprego formal.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado também bateu novo recorde, chegando a 39,1 milhões. O avanço foi acompanhado por uma leve redução na taxa de informalidade, que ficou em 37,8%. Já o rendimento médio real habitual subiu para R$ 3.484, um aumento de 1,3% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% na comparação anual.
O mercado de trabalho aquecido também refletiu na queda do número de desalentados — pessoas que desistiram de procurar emprego. Agora, são 2,7 milhões de brasileiros nessa situação, uma redução de 11% em relação ao trimestre anterior e de 15% em relação ao mesmo período do ano passado.
Segundo analistas do IBGE, o desempenho positivo é resultado da expansão em setores como administração pública, saúde e serviços sociais, além da recuperação do consumo das famílias. O cenário de juros elevados não impediu o avanço do emprego, mostrando resiliência da economia brasileira.
Com o desemprego no menor nível da série histórica, o país consolida uma tendência de melhora no mercado de trabalho, mesmo diante de desafios econômicos. O aumento da ocupação e da renda média reforça o otimismo para os próximos meses, segundo especialistas.
