Presidente da Argentina, Alberto Fernández, diz que Brasil é um risco

O presidente diz ter conversado com outros líderes da América do Sul e reforçou o risco de contaminação por causa do Brasil
O presidente diz ter conversado com outros líderes da América do Sul e reforçou o risco de contaminação por causa do Brasil
Bruna Pinheiro
Por Bruna Pinheiro

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, declarou hoje que o Brasil é um risco para a América do Sul por causa da pandemia do novo coronavírus. O país já está com mais de 9.000 mortes confirmadas em decorrência da doença.

A fala de Fernandéz ocorreu durante uma entrevista na última quarta-feira (6) a uma rádio, onde foi perguntado sobre os protestos que ocorrem na Argentina pela oposição de seu governo solicitando a retomada da atividade econômica do país. A Argentina contabiliza 273 mortes por Covid-19, com medidas duras de restrição a mobilidade desde o dia 20 de março. Desde então, a população só pode ir às ruas para compras essenciais de supermercado e farmácia.

O presidente foi perguntado durante a entrevista sobre os protestos e respondeu: “Esses setores da oposição convocam as pessoas a fazerem pedidos pela própria doença”. Assim, o entrevistador indagou se a sua resposta se referia a uma situação como ocorre no Brasil e se o país chega a ser um risco para a região sul-americana, Fernández disse: “Muito grande, muito grande”, e continuou, “Eu falei com o [Sebastián] Piñera (presidente do Chile), com o Lacalle [Pou] (presidente do Uruguai), obviamente que é um risco muito grande. A não ser por dois países, Chile e Equador, o Brasil faz fronteira com toda a América do Sul”.

O Uruguai possui um baixíssimo número de mortes pelo novo coronavírus e vem reforçando o controle de suas fronteiras com o Brasil para evitar mais contaminação. Lacalle Pou esteve hoje (6) no departamento de Cerro Largo, ele visitou o destacamento militar localizado na cidade de Noblía, perto de Aceguá, fronteira com Brasil, pela preocupação com os casos existentes do lado brasileiro. 

Após mais de um mês em distanciamento social, e economia Argentina inicia aos poucos a retomada. Mas o governo afirma que se os casos da doença continuarem aumentando as medidas restritivas serão retomadas.

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Bruna Pinheiro
Bruna PinheiroInternacionalista. Escrevo hoje sobre política, economia, filmes e séries. Adoro viajar e comer (não necessariamente nessa ordem). Segue lá @bpinheiro1
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