Enem: Movimento Amplia convoca voluntários para pagar taxa de inscrição de negros e indígenas

Campanha busca garantir a oportunidade de ensino superior para estudantes desamparados
Campanha busca garantir a oportunidade de ensino superior para estudantes desamparados
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

O prazo de pagamento da taxa de inscrição do Enem 2020 foi prorrogado até o próximo dia 10 de junho, e muitos não conseguiram garantir a isenção do valor de R$ 85 cobrado este ano. Com isso em mente, foi criado o Movimento Amplia, que busca elevar as oportunidades para negros e indígenas em todas as regiões do Brasil por meio da educação, convocando voluntários para se tornarem "padrinhos ou madrinhas" de estudantes que não têm condições financeiras de arcar com os custos do exame mais importante do vestibular brasileiro. 

A intensidade dos protestos anti-racistas no país nas últimas semanas favoreceram o surgimento de projetos voltados para ajudar o próximo, e com o Amplia, é fácil fazer sua parte: basta preencher um simples formulário disponível no Google Docs com nome completo, região (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste, Centro-oeste), telefone, conta do Instagram ou Facebook e e-mail. Na ficha de inscrição, é possível participar de duas formas: como padrinho ou madrinha; como candidato ao Enem que precisa ser apadrinhado ou amadrinhado. 

No Twitter, internautas fazem o possível para convocar mais participantes ao movimento, que ainda está lutando para conseguir efetuar o pagamento de todos aqueles que necessitam de auxílio para garantir uma oportunidade de ingresso à universidade.

Com a pandemia da Covid-19, esperava-se que o Ministério da Educação (MEC), junto ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), buscassem soluções mais abrangentes para não prejudicar os candidatos ao vestibular, mas as campanhas do Governo Federal se resumiram a incentivar o ensino à distância, ignorando a ausência de internet em milhões de residências brasileiras, e o retorno das atividades comerciais, além de só ter tomado a decisão de adiar o exame para dezembro ou janeiro de 2021 após intensas pressões do Poder Legislativo e dos constantes protestos da população.

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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