Com testes da vacina contra COVID-19 parados, segurança e efeitos em voluntários estão sendo verificados
Na última terça-feira (8) a vacina da farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford contra o novo coronavírus teve sua fase de testes temporariamente suspensa. Os pesquisadores acionarem o protocolo de segurança após uma voluntário do Reino Unido apresentar sintomas adversos que podem ou não estar relacionados a vacina.
O imunizante da AstraZeneca com a Universidade de Oxford é um dos principais concorrentes mundiais da corrida em prol do combate ao novo coronavírus, juntamente com as vacinas da China (Coronavac) e da Rússia (Sputnik V).
O Brasil também suspendeu os testes que estava realizando com esta vacina, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), instituição responsável pelo estudo no país, que já aplicou doses em 5 mil voluntários.
Pascal Soriot, o presidente da AstraZeneca, informou hoje (9) em reunião com os investidores da empresa que voluntária de vacina teve sintomas neurológicos e pode ter alta em breve. Os sintomas apresentados pela paciente podem estar vinculados a uma inflamação rara da medula, conhecida como mielite transversa, mas ainda não foi confirmado o diagnóstico.
A Organização Mundial da Saúde, bem com a AstraZeneca e Universidades no Brasil que estão testando essa e outras vacinas, relatam que a paralisação dos testes é ato comum e importante para validar a segurança do medicamento.
“É um processo necessário e comum. Toda vez que a gente tem um quadro grave relacionado temporalmente com a vacina que está sendo testada, é importante que isso seja investigado para que a gente possa ter certeza que não tem relação com a vacina”, relatou a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Isabella Ballalai.
A vacina de Oxford/AstraZeneca é a principal aposta do Ministério da Saúde para imunizar a população. O Governo irá desembolsar mais de 1 bilhão de reais para garantir a imunização em todo o país. Em paralelo, o Instituto Butantan em São Paulo é o responsável pelos testes e desenvolvimento da Coronavac e também tem solicitado ao governo incentivos financeiros para ela.