Argentinos quebram distanciamento para homenagear Maradona em velório na Casa Rosada

Argentina decretou 3 dias de luto em homenagem ao eterno camisa 10 da seleção. Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko
Argentina decretou 3 dias de luto em homenagem ao eterno camisa 10 da seleção. Foto: AP Photo/Natacha Pisarenko
Marcos Henderson
Por Marcos Henderson

Amantes do futebol no mundo inteiro continuam perplexos com a notícia da morte de Diego Maradona na última quarta-feira (25). Na Argentina, o eterno camisa 10 ganha homenagens fervorosas pelas ruas, sobretudo nos entornos da Casa Rosada, onde é realizado o velório do astro. Multidões furam o distanciamento e se aglomeram em tons de choro e, por vezes, de desespero, como mostram as incontáveis imagens que chegam aos jornais e às redes sociais. 

Cartazes, camisas, bandeiras e vários tipos de artigos com lembranças diretas ou indiretas de Maradona estão sempre presentes nos registros, que também incluem princípios de tumulto na entrada da Casa Rosada, a sede do governo argentino. Mesmo com a reação da polícia de choque, torcedores do Boca Juniors permaneceram firmes no local para homenagear o ídolo, mesmo de longe. 

Torcedores se aglomeraram para prestar homenagens a Maradona. Foto: Marcos Brindicci/AP
Torcedores se aglomeraram para prestar homenagens a Maradona. Foto: Marcos Brindicci/AP
Torcedores se aglomeraram para prestar homenagens a Maradona. Foto: Marcos Brindicci/AP

Um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, Maradona foi capitão quando a Seleção Argentina de Futebol venceu a Copa do Mundo de 1986, marcando o famoso gol da "Mão de Deus" contra a Inglaterra nas quartas-de-final. Mas a vida do atacante começou a ser exposta de outra forma depois que ele deixou a carreira no futebol, chegando a ser internado no hospital recentemente porque "não estava bem psicologicamente" e "não queria comer", segundo um de seus representantes.

Ele também fez uma cirurgia em um coágulo de sangue no cérebro no início de novembro e deveria ser tratado para dependência de álcool. Sua morte foi ocasionada por uma parada cardiorrespiratório em sua casa, em Tigre. Ele chegou a receber atendimento dos paramédicos, mas não resistiu. 

Aos 17 anos, Maradona perdeu a chance de ser incluído na seleção argentina que disputou a Copa do Mundo de 1978 em casa, mas o futuro reservava momentos brilhantes: ele marcou 34 gols em 91 partidas com a camisa do seu país de origem em quatro Copas do Mundo, jogou pelo Barcelona e Napoli, ganhando dois títulos da Série A com o time italiano, além de jogar pelo Sevilla, Boca Juniors e Newell's Old Boys. 

Em 1991, Maradona lutou contra o vício em cocaína e foi banido por 15 meses de qualquer partida oficial de futebol após testar positivo para a substância. Ele se aposentou oito anos depois, aos 37 anos. 

Sobre o autor

Marcos Henderson
Marcos HendersonPublicitário, músico e, aqui, escrevo sobre o que as diferentes culturas têm a nos dizer. Como artista, celebro a força da arte e conto histórias do entretenimento. Twitter: @marhoscenderson
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