Caso Madeleine: Polícia encontra porão escondido e encerra buscas em Hanôver
A polícia alemã que investiga o desaparecimento da britânica Madeleine McCann encerrou as buscas em um jardim nos arredores de Hanôver nesta quinta-feira (30), mas ainda não coletou vestígios concretos do paradeiro da britânica Madeleine McCann. Apesar disso, os agentes conseguiram localizar um porão escondido.
Um porta-voz do gabinete de promotoria de Braunschweig informou que os investigadores começaram a deixar o local ainda durante a noite de quarta-feira (29), mas não deu maiores informações sobre o que foi coletado no local, que foi vasculhado com auxílio de duas pequenas escavadeiras, especialistas forenses e policiais que procuravam manualmente por pistas conectadas ao caso, além de cães farejadores.
Todos os avanços das investigações estão sendo relatados pela imprensa alemã, já que as autoridades se negam a dar detalhes, possivelmente porque já houve repercussão negativa em relação à condução das investigações, sobretudo em 2013, quando a polícia teria informado o suspeito, midiaticamente chamado de Christian B, sobre a suspeita do crime, o que possibilitou a destruição das evidências que o incriminassem pelo desaparecimento de Madeleine, em 2007, aos 3 anos de idade.
As autoridades têm quase certeza de que a garota está morta, mas não apresenta provas forenses para tal afirmação, o que transforma as investigações em uma dor de cabeça constante para a família, que permanece sem respostas e, certamente, devastada. O desaparecimento aconteceu durante uma viagem de férias da família à cidade litorânea de Praia da Luz, na região do Algarve, em Portugal.
A polícia alemã informou no mês passado que identificou um cidadão alemão de 43 anos como novo suspeito no caso e o investiga sob suspeita de assassinato. Atualmente preso na Alemanha, o suspeito passou vários anos em Portugal, inclusive na Praia da Luz, na mesma época em que Madeleine desapareceu, e também possui duas condenações anteriores por crimes sexuais envolvendo meninas.
Ele foi registrado pela última vez morando na Alemanha, na cidade de Braunschweig, que fica a cerca de 64 km de Hanôver. Entre 2013 e 2015, o suspeito passou algum tempo em Portugal e na Alemanha. Ele comandava um quiosque em Braunschweig e também viveu em Hanôver por vários anos, informou a agência de notícias alemã DPA.
No terreno do jardim, os investigadores cortaram árvores, escavaram o chão, revistaram as instalações com um cão farejador e removeram partes da fundação de uma antiga cabana. Um homem em um terreno vizinho disse à agência de notícias que o jardim não havia sido usado nos últimos dois anos.