Empresário se revolta em vídeo compartilhado por Bolsonaro: "epidemia é o cacete!"

"Para onde está indo o Brasil? Assista o drama desse cidadão, o seu desabafo, que representa o de milhões". Assim Jair Bolsonaro apresentou o vídeo de um empresário em sua conta oficial no Facebook, na manhã desta sexta-feira (27), em um relato de pouco mais de seis minutos em que o homem, não identificado, reclama das medidas adotadas por governadores, prefeitos e demais autoridades estaduais e municipais em relação à pandemia do novo coronavírus. "Que situação mais complicada que estamos vivendo em nosso país, aonde o presidente da república pede pro povo voltar a trabalhar. Você sabe o que é passar 40, 50 anos da tua vida pra montar o teu comércio e de repente vem um filho da mãe que decreta que todos os comércios têm que ser fechados", inicia o sujeito. 

"70, 80 pessoas morreram. 37 milhões de pessoas morreram de AIDS. Por que não interditaram as cidades?", prosseguiu, mostrando que os seis minutos de vídeo seriam dolorosos aos ouvidos mais informados. "Essa gripinha aí, gente, é frescura! Existe? Existe. De fome morre 10 vezes mais pessoas. Enquanto eu tô falando com vocês, já morreram 10 pessoas de fome nesse país. Agora que a economia tá tomando uma retomada, vem essa patifaria, epidemia é o cacete! Para! Pensam!", disparou o empresário que, a cada nova fala no vídeo, demonstra uma agressividade mais descarada, comparando o número de mortes por coronavírus no Brasil com várias outras situações, incluindo "mordida de cachorro", que segundo ele mata 10 vezes mais que o Covid-19, mesma proporção apontada anteriormente sobre a fome. 

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Ao fim do vídeo, ele diz que terá que demitir 22 dos seus 24 funcionários e começa a esboçar um choro intenso, mandando uma mensagem direcionada às autoridades políticas contrárias ao presidente: "Que país maldito é esse de covardes? Covardes vocês são". Com base nas frases sem embasamento teórico e até ofensivas, a exemplo de quando sugere que as pessoas deveriam ter usado camisinha no carnaval para se prevenir de AIDS, ou quando pede para as pessoas pararem de ser "idiotas", entre outros momentos controversos presentes no vídeo, trata-se de uma das maiores imprudências compartilhadas por Bolsonaro durante a pandemia, e, mais uma vez, mostra a quem o presidente se refere como cidadão prejudicado pela crise, utilizando grandes empregadores como exemplo, ou compartilhando vídeos de carreatas ao seu favor e atribuindo às manifestações bolsonaristas a vontade geral do povo, mesmo que os protestos sejam realizados com carros, muitos deles de luxo. 

Confira o vídeo compartilhado por Bolsonaro:

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